quinta-feira, 6 de março de 2014

Esterilização






 Esterilização - processo que promove a completa eliminação ou
 destruição de todas as formas de microorganismos vivos que se
encontrem à superfície ou no interior de um material ou substância
podendo ser alcançada através da exposição destes a agentes letais
físicos ou químicos. No caso de substâncias líquidas, poderá ser feita
separação mecânica dos organismos através de filtrações (SINOGAS,
2009).



A esterilização apresenta-se como a melhor forma de evitar contaminações, tanto dos manipuladores como das amostras a serem analisadas. Se um determinado meio de cultura não se encontrar completamente estéril poderá contaminar a amostra de águas ou alimentos e assim surgir um falso positivo, ou seja, haverá crescimento de microorganismos devido à contaminação do meio de cultura e não devido à presença de microorganismos na amostra.


1. Esterilização por Calor Húmido

A esterilização por calor húmido pode ser obtida, por exemplo, através da autoclavegem; este mecanismo utiliza  procedimentos muito semelhantes aos de uma panela de pressão.
Para este tipo de esterilização devem ser tidos em consideração alguns pontos importantes:

- Temperatura: uma temperatura de 121°C oferece uma boa margem de segurança se for mantida durante um espaço de tempo adequado. 
- Humidade: se o vapor for sobreaquecido ficará mais seco, o que provoca um aumento da temperatura e consequentemente do tempo de exposição para a esterilização. Assim, se o vapor  se encontrar excessivamente quente irá perder alguma da sua eficácia como agente letal, bem como poderá ser prejudicial para os materiais a serem esterilizados. 
- Pressão Atmosférica: a pressão é útil apenas para elevar a temperatura do vapor acima dos 100°C.
- Tempo: o tempo é necessário para que o vapor tenha oportunidade de penetrar e aquecer os materiais a serem esterilizados. Mesmo quando as temperaturas de esterilização são atingidas, os agentes virais ou microbianos não são inactivados todos de uma vez. A velocidade de inactividade a uma dada temperatura e por cada unidade de tempo de exposição ao agente letal, uma proporção que é constante para uma dada população.

2. Esterilização por Calor Seco

        Este método é utilizado para esterilizar material de vidro, outros materiais sólidos termo-estáveis e alguns componentes de meios ou alimentos que ficariam impróprios se expostos ao vapor.
        O equipamento necessário é apenas uma estufa de alta temperatura (160ºC a 200ºC).

3. Esterilização por Gases

        A aplicação deste método requer a utilização de equipamentos próprios que forcem a circulação de gases tóxicos através de todas as superfícies dos materiais.
        O Óxido de Etileno é o gás mais utilizado neste tipo de esterilização. Ao contrário de muitos produtos químicos tóxicos, o Óxido de Etileno é pouco corrosivo e não altera os materiais durante a esterilização, sendo facilmente removido por arejamento. 
Como desvantagens tem-se a necessidade de longos períodos de exposição para obtenção da esterilização (várias horas), a reactividade com componentes dos meios e com certos tipos de plástico.

4. Radiações

        As radiações ionizantes de alta energia que incluem raios gama produzidos a partir de cobalto-60 ou césio-139 e de raios catódicos produzidos em geradores e aceleradores de electrões são as mais utilizadas.
        A irradiação com luz ultravioleta é uma forma não muito satisfatória de esterilização dada a sua fraca capacidade de penetração nos materiais e produtos a esterilizar. Contudo, é de utilização frequente na diminuição do nível de contaminação de espaços confinados, como salas estéreis; são particularmente úteis para a redução de infecciosidade viral devido às alterações induzidas no material genético das partículas virais expostas.

5. Filtração Estéril

        É o principal método para a esterilização de líquidos que contenham componentes termo-sensíveis como vitaminas, proteínas e antibióticos.
        Os filtros mais utilizados neste tipo de esterilização são os de 0.45µm ou 0.2µm de diâmetro; são os mais acessíveis e os que retêm os microorganismos presentes nas soluções.
        Para esterilizar uma solução esta deve ser passada através de um dos filtros supramencionados pela aplicação de uma pressão positiva no ar líquido a filtrar ou na rarefacção do ar do contentor que recebe o filtrado.

6. Desinfectantes e Antissépticos

        Múltiplos reagentes químicos são diariamente utilizados para o controlo da disseminação de microorganismos. Os produtos utilizados na “limpeza” de utensílios diversos são chamados de desinfectantes; são demasiado tóxicos para ser usados directamente no ser humano. Os produtos que aplicamos na pele com o mesmo objectivo de eliminar microorganismos são denominados antissépticos.

Fontes:
- Esterilização de Equipamentos - RedeMeBox, Revista de Gestão Universitária.