Esterilização - processo que promove a completa eliminação ou
destruição de todas as formas de microorganismos vivos que se
encontrem à
superfície ou no interior de um material ou substância
podendo ser alcançada através
da exposição destes a agentes letais
físicos ou químicos. No caso de
substâncias líquidas, poderá ser feita
separação mecânica dos organismos
através de filtrações (SINOGAS,
2009).
A
esterilização apresenta-se como a melhor forma de evitar contaminações, tanto
dos manipuladores como das amostras a serem analisadas. Se um determinado meio
de cultura não se encontrar completamente estéril poderá contaminar a amostra
de águas ou alimentos e assim surgir um falso positivo, ou seja, haverá
crescimento de microorganismos devido à contaminação do meio de cultura e não
devido à presença de microorganismos na amostra.
1. Esterilização por Calor Húmido
A esterilização por calor húmido pode ser obtida,
por exemplo, através da autoclavegem; este mecanismo utiliza procedimentos muito semelhantes aos de uma panela de pressão.
Para este
tipo de esterilização devem ser tidos em consideração alguns pontos
importantes:
- Temperatura: uma temperatura de 121°C oferece uma boa
margem de segurança se for mantida durante um espaço de tempo adequado.
- Humidade: se o vapor for sobreaquecido ficará mais seco, o que provoca um aumento da temperatura e consequentemente do tempo de exposição para a esterilização. Assim, se o vapor se encontrar excessivamente quente irá perder alguma da sua eficácia como agente letal, bem como poderá ser prejudicial para os materiais a serem esterilizados.
- Pressão Atmosférica: a pressão é útil apenas
para elevar a temperatura do vapor acima dos 100°C.
- Tempo: o tempo é necessário para que o vapor
tenha oportunidade de penetrar e aquecer os materiais a serem esterilizados.
Mesmo quando as temperaturas de esterilização são atingidas, os agentes virais
ou microbianos não são inactivados todos de uma vez. A velocidade de
inactividade a uma dada temperatura e por cada unidade de tempo de exposição ao
agente letal, uma proporção que é constante para uma dada população.
2. Esterilização
por Calor Seco
Este método é
utilizado para esterilizar material de vidro, outros materiais sólidos
termo-estáveis e alguns componentes de meios ou alimentos que ficariam
impróprios se expostos ao vapor.
O equipamento
necessário é apenas uma estufa de alta temperatura (160ºC a 200ºC).
3. Esterilização
por Gases
A aplicação
deste método requer a utilização de equipamentos próprios que forcem a
circulação de gases tóxicos através de todas as superfícies dos materiais.
O Óxido de
Etileno é o gás mais utilizado neste tipo de esterilização. Ao contrário de
muitos produtos químicos tóxicos, o Óxido de Etileno é pouco corrosivo e não
altera os materiais durante a esterilização, sendo facilmente removido por
arejamento.
Como desvantagens tem-se a necessidade de longos períodos de
exposição para obtenção da esterilização (várias horas), a reactividade com
componentes dos meios e com certos tipos de plástico.
4. Radiações
As radiações
ionizantes de alta energia que incluem raios gama produzidos a partir de
cobalto-60 ou césio-139 e de raios catódicos produzidos em geradores e
aceleradores de electrões são as mais utilizadas.
A irradiação com
luz ultravioleta é uma forma não muito satisfatória de esterilização dada a sua
fraca capacidade de penetração nos materiais e produtos a esterilizar. Contudo,
é de utilização frequente na diminuição do nível de contaminação de espaços confinados,
como salas estéreis; são particularmente úteis para a redução de infecciosidade
viral devido às alterações induzidas no material genético das partículas virais
expostas.
5. Filtração
Estéril
É o principal
método para a esterilização de líquidos que contenham componentes
termo-sensíveis como vitaminas, proteínas e antibióticos.
Os filtros mais
utilizados neste tipo de esterilização são os de 0.45µm ou 0.2µm de diâmetro;
são os mais acessíveis e os que retêm os microorganismos presentes nas soluções.
Para esterilizar
uma solução esta deve ser passada através de um dos filtros supramencionados pela
aplicação de uma pressão positiva no ar líquido a filtrar ou na rarefacção do
ar do contentor que recebe o filtrado.
6. Desinfectantes
e Antissépticos
Múltiplos
reagentes químicos são diariamente utilizados para o controlo da disseminação
de microorganismos. Os produtos utilizados na “limpeza” de utensílios diversos são
chamados de desinfectantes; são demasiado tóxicos para ser usados directamente
no ser humano. Os produtos que aplicamos na pele com o mesmo objectivo de
eliminar microorganismos são denominados antissépticos.
Fontes: