segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Programa REVIVE (Rede de Vigilância de Vectores)


      O REVIVE surgiu da necessidade de promover um dispositivo de vigilância de vectores culicídeos por parte da Direcção Geral de Saúde. O programa, que teve início em 2008 encontra-se sediado no Centro de Estudos de vectores e Doenças Infecciosas (CEVDI) do Instituto Nacional de Saúde (INSA) e pretende responder à necessidade de melhorar o conhecimento sobre as espécies de vectores existentes no país, bem como a sua distribuição e abundância. Assim, deverá contribuir para o esclarecimento do papel dos vectores como agentes de transmissão e detectar atempadamente introduções de espécies invasoras relevantes em matéria de Saúde Pública.

 Assim, deverá ser privilegiada a prevenção, em detrimento da resposta à emergência, pois a vigilância permite detectar atempadamente qualquer alteração na abundância, diversidade e papel do vector, levando as autoridades a adoptar medidas que contribuam para a protecção da Saúde Pública.
Características do Programa
Permite de forma contínua cumprir os seguintes objectivos:

  •   Vigiar a actividade de artrópodes hematófagos, caracterizar as espécies e a ocorrência sazonal em locais previamente seleccionados;
  •   Identificar agentes patogénicos importantes em Saúde Pública transmitidos por estes vectores;
  •     Emitir alertas para a adequação das medidas de controlo, em função da densidade dos vectores e do nível de infecção

O REVIVE contribui regularmente para a rede de vigilância de vectores a nível de toda a Europa e para o Programme on emerging and vector-borne diseases, criados pelo European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC).

   O INSA como entidade competente na vigilância, formação e disseminação de informação sobre este assunto, através do CEVDI, tem vindo a desenvolver estas actividades, ao longo dos anos, actividades dirigidas especialmente aos Técnicos de Saúde Ambiental (que participam nas capturas em todo o país).
 Fonte: REVIVE – Rede de Vigilância de Vectores; Instituto Nacional de Saúde, Doutor Ricardo Jorge.

Metodologias

  •   Os métodos de colheita não podem ser universalmente aplicados a todas as espécies de mosquitos (por exemplo, as armadilhas com luz não atraem as espécies diurnas, o isco humano só colhe espécies antropofílicas sendo muito difícil aceder aos refúgios de adultos). Por outro lado, os estádios imaturos – aquáticos – são fáceis de localizar o que simplifica a colheita.
Colheitas

No âmbito do REVIVE, as armadilhas seleccionadas são do tipo CDC iscadas com CO2 e aspiradores para captura de culicídeos vivos, sendo estes processados para a pesquisa de agentes infecciosos.
A periodicidade da amostragem é variável de acordo com os objectivos dos projectos. Em Portugal, o período mais significativo para a presença de mosquitos ocorre de Maio a Outubro, tendo sido este período seleccionado para as colheitas, não excluindo, no entanto, a probabilidade, de ocorrência de mosquitos noutros períodos do ano devido às alterações climáticas.
    Fonte: Relatório REVIVE 2012 – Culicídeos; Instituto Nacional de Saúde, Doutor Ricardo Jorge.

Exemplo de Colheita de mosquitos realizada no âmbito do Estágio Curricular
     1.     Produção de gelo seco;
  















2.    Colocação de armadilhas;
 











Outras Fontes: